O tráfego mundial de dados por redes móveis que passa pelo portal da produtora de navegadores de internet Opera subiu 18% em janeiro, ante o mês anterior, o mais rápido crescimento desde maio de 2008, anunciou a empresa nesta quarta-feira.
As operadoras de telefonia celular estão ávidas por elevar a receita auferida com navegação pela internet e por aproveitar o boom das redes móveis, em meio ao declínio do faturamento com a telefonia de voz convencional.
O tráfego de dados nas redes das operadoras móveis subiu pela média de 470% no ano passado, e algumas registraram alta de mais de mil por cento, estimuladas pela adoção mais ampla de placas de acesso sem fio em laptops, de acordo com a fabricante de equipamento de telecomunicações Nokia Siemens.
A Nokia Siemens e as rivais Ericsson e Alcatel-Lucent, que sofreram nos últimos anos devido às políticas de preço agressivas de rivais asiáticas como a Huawei, estão também procurando aproveitar a elevação no tráfego de dados como fonte de novos pedidos.
A Opera tem 20 milhões de usuários do navegador Opera Mini, e todos eles chegam à internet por intermédio dos servidores da empresa, que geraram tráfego de 122 milhões de megabytes de dados para operadoras de telefonia celular de todo o mundo, em janeiro.
A Opera anunciou que o Facebook e outros serviços de redes sociais estavam entre seus principais geradores de tráfego. A maioria das visitas a essas comunidades online continua a ser feita por pessoas sentadas diante de um computador que informam aos amigos onde estão e como estão se sentindo, trocam opiniões sobre filmes e música, e fazem upload de vídeos.
Mas a natureza espontânea de boa parte dessa comunicação está provando se prestar perfeitamente à telefonia móvel.
Na semana passada, no Mobile World Congress, a INQ, empresa criada pela operadora 3, da Hutchison Whampoa, conquistou o prêmio de celular do ano com seu primeiro modelo, que promete acesso mais fácil, e de baixo preço, a redes sociais.
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