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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uso de celulares pré-pagos cresce com a recessão





Talvez Tony Soprano estivesse tramando algo. Como líder mafioso da série da HBO The Sopranos, ele e sua turma freqüentemente usavam celulares pré-pagos, presumidamente para evitar grampos. Mas agora esses telefones pré-pagos estão ganhando fãs por outras razões - consumidores prejudicados pela recessão estão comprando tais planos como uma maneira de cortar custos e evitar contratos longos e surpresas nas cobranças telefônicas que vêm com os planos de celulares tradicionais.

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"Frugal é o novo chique," disse Joy Miller, 33, professora de piano de Aubrey, Texas. Após quase uma década de planos pós-pagos com a Verizon Wireless, Miller e seu marido decidiram este mês testar alguns planos pré-pagos, como o MetroPCS. "Na economia de hoje, não é legal gastar US$ 120 por mês em telefone. É desperdício de dinheiro."

Embora os telefones pré-pagos continuem sendo uma fração do mercado de celulares, as vendas dessa categoria cresceram 13% na América do Norte no ano passado, quase três vezes mais rápido que os planos tradicionais de celular, segundo a Pali Research, uma firma de assessoria de investimentos. Pela primeira vez em sua história, a T-Mobile conseguiu mais novas assinaturas de consumidores de pré-pagos do que de planos tradicionais. E a Sprint Nextel está apostando que um novo plano pré-pago com valor fixo pode injetar mais ganhos na sua unidade Nextel em dificuldade.

Qualquer estigma associado aos celulares pré-pagos - objeto comum de qualquer programa ou filme sobre gangues e espiões - está se dissipando com a queda dos preços e maior qualidade dos aparelhos. Operadoras de pré-pagos como MetroPCS, Virgin Mobile e a divisão Boost Mobile da Sprint oferecem aparelhos mais bonitos, maior cobertura e mais opções, de cartões de 10 centavos por minuto, que os consumidores repõem de acordo com suas necessidades, a planos fixos de US$ 50 por mês para tagarelas que desejam ter ligações ilimitadas, Internet e mensagens de texto.

A economia pode ser considerável. Um cliente da AT&T com um iPhone da Apple e um plano tradicional paga pelo menos US$ 130 por mês, excluindo impostos e taxas, para ter ligações ilimitadas e Internet. Em comparação aos planos pré-pagos de US$ 50 por mês com tudo incluso, o dono do iPhone paga quase US$ 1 mil a mais ao longo de um ano.

Consumidores de pré-pagos tipicamente precisam comprar seus aparelhos sem os subsídios oferecidos por um contrato pós-pago. Quando Jerry Cruz, gerente de um salão de bronzeamento artificial de Manhattan, mudou para o serviço pré-pago da T-Mobile, ele pagou mais de US$ 300 por cada celular Sidekick, que inclui teclado e câmera, para ele e sua filha. Mas, disse, ele economiza pelo menos US$ 40 por mês em comparação ao seu contrato anterior com a Sprint. "Cada dólar que economizo vai para outra coisa."


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